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Jamais seria plausível, porém, que as pessoas fizessem //tudo isso// por pura estupidez. | Jamais seria plausível, porém, que as pessoas fizessem //tudo isso// por pura estupidez. | ||
Quando ele nos explica, por exemplo, que o rei tinha que ser morto no seu auge, | Quando ele nos explica, por exemplo, que o rei tinha que ser morto no seu auge, {{MS reference|(TS 211, p. 313)}} porque caso contrário, segundo as concepções dos selvagens, a sua alma não se conservaria fresca,{{hidden|<sup>29</sup>}} então só se pode dizer: onde estes costumes e concepções andam juntos, então o costume não se origina da concepção, mas ambos já estão de fato ali.{{hidden|<sup>30</sup>}} | ||
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porque caso contrário, segundo as concepções dos selvagens, a sua alma não se conservaria fresca,{{hidden|<sup>29</sup>}} então só se pode dizer: onde estes costumes e concepções andam juntos, então o costume não se origina da concepção, mas ambos já estão de fato ali.{{hidden|<sup>30</sup>}} | |||
Pode bem ser, e ocorre muito hoje em dia, que uma pessoa abandone um costume depois que reconheceu um erro sobre o qual ele se ampara. Mas este <s>costume</s> caso só se dá onde chamar a atenção de uma pessoa sobre o seu erro for suficiente para demovê-la do seu modo de agir. Mas este não é o caso dos costumes religiosos de um povo, e, ''por isso'', ''não'' se trata aqui de um erro.{{hidden|<sup>31</sup>}} | Pode bem ser, e ocorre muito hoje em dia, que uma pessoa abandone um costume depois que reconheceu um erro sobre o qual ele se ampara. Mas este <s>costume</s> caso só se dá onde chamar a atenção de uma pessoa sobre o seu erro for suficiente para demovê-la do seu modo de agir. Mas este não é o caso dos costumes religiosos de um povo, e, ''por isso'', ''não'' se trata aqui de um erro.{{hidden|<sup>31</sup>}} | ||
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Eu creio que o empreendimento de uma explicação já é falho, porque só se tem que organizar corretamente o que se ''sabe'', e nada acrescentar, e vem por si mesma a satisfação a que se aspira pela explicação.{{hidden|<sup>34</sup>}} | Eu creio que o empreendimento de uma explicação já é falho, porque só se tem que organizar corretamente o que se ''sabe'', e nada acrescentar, e vem por si mesma a satisfação a que se aspira pela explicação.{{hidden|<sup>34</sup>}} | ||
E a explicação não é aqui de nenhum modo o que satisfaz. Quando Frazer começa a nos relatar a história do rei do bosque de Nemi, ele o faz num tom que mostra que ele sente, e nos quer fazer sentir, que aqui ocorre algo de estranho e temível. Mas a pergunta ―por que isso ocorre?‖ só pode ser respondida na verdade por: por que isso é temível. Isto é, o mesmo que se nos apresenta nesse acontecimento como temível, grandioso, horripilante, trágico etc., não menos que trivial e insignificante, ''isso'' gerou esse acontecimento{{hidden|<sup>35</sup>}} | E a explicação não é aqui de nenhum modo o que satisfaz. Quando Frazer começa a nos relatar a história do rei do bosque de Nemi, ele o faz num tom que mostra que ele sente, e nos quer fazer sentir, que aqui ocorre algo de estranho e temível. Mas a pergunta ―por que isso ocorre?‖ só pode ser respondida na verdade por: por que isso é temível. Isto é, o mesmo que se nos apresenta nesse acontecimento como temível, grandioso, horripilante, trágico etc., não menos que trivial e insignificante, ''isso'' {{udashed|gerou esse acontecimento}}.{{hidden|<sup>35</sup>}} {{MS reference|(TS 211, p. 314)}} | ||
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Aqui só se pode ''descrever'' e dizer: assim é a vida humana. | Aqui só se pode ''descrever'' e dizer: assim é a vida humana. | ||
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Quem é comovido pela majestade da morte, pode expressá-lo por meio de uma tal vida. – Isto também não é nenhuma explicação, claro, mas apenas substituir um símbolo por outro. Ou: uma cerimônia por outra.{{hidden|<sup>42</sup>}} | Quem é comovido pela majestade da morte, pode expressá-lo por meio de uma tal vida. – Isto também não é nenhuma explicação, claro, mas apenas substituir um símbolo por outro. Ou: uma cerimônia por outra.{{hidden|<sup>42</sup>}} | ||
Num símbolo religioso não está posta nenhuma ''opinião'' como | Num símbolo religioso não está posta nenhuma ''opinião'' como fundamento. | ||
fundamento. | |||
E só à opinião corresponde o erro.{{hidden|<sup>43</sup>}} | E só à opinião corresponde o erro.{{hidden|<sup>43</sup>}} | ||
Poder-se-ia dizer: este e este acontecimento se realizaram; ri, se podes.'''{{hidden|<sup>44</sup>}}''' | Poder-se-ia dizer: este e este acontecimento se realizaram; ri, se podes.'''{{hidden|<sup>44</sup>}}''' {{MS reference|(TS 211, p. 315)}} | ||
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A ação religiosa, ou a vida religiosa do rei-sacerdote não é de outro tipo que toda a ação religiosa autêntica de hoje, por exemplo de uma confissão de pecados. Também esta se pode ―''explicar''‖ e não se pode explicar.{{hidden|<sup>45</sup>}} | A ação religiosa, ou a vida religiosa do rei-sacerdote não é de outro tipo que toda a ação religiosa autêntica de hoje, por exemplo de uma confissão de pecados. Também esta se pode ―''explicar''‖ e não se pode explicar.{{hidden|<sup>45</sup>}} | ||
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O batismo como lavagem. – Um erro se produz, antes de tudo, | O batismo como lavagem. – Um erro se produz, antes de tudo, quando a magia é interpretada cientificamente.{{hidden|<sup>54</sup>}} | ||
quando a magia é interpretada cientificamente.{{hidden|<sup>54</sup>}} | |||
Se a adoção de uma criança ocorre de modo que a mãe a retira do seu vestido,{{hidden|<sup>55</sup>}} então é insano acreditar que existe aqui um ''erro'' e que ela acredita ter dado a luz à criança. | Se a adoção de uma criança ocorre de modo que a mãe a retira do seu vestido,{{hidden|<sup>55</sup>}} então é insano acreditar que existe aqui um ''erro'' e que ela acredita ter dado a luz à criança. | ||
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Deve-se diferenciar das operações mágicas aquelas que se baseiam numa falsa, demasiadamente simples, representação das coisas e processos. Se alguém talvez diz que a doença é tirada de uma parte do corpo para outra, ou acha dispositivos que a desviam, como se fosse um líquido ou um estado calórico. Então produz-se nesse momento, portanto, uma imagem falsa, o que quer dizer aqui desacertada.{{hidden|<sup>56</sup>}} | Deve-se diferenciar das operações mágicas aquelas que se baseiam numa falsa, demasiadamente simples, representação das coisas e processos. Se alguém talvez diz que a doença é tirada de uma parte do corpo para outra, ou acha dispositivos que a desviam, como se fosse um líquido ou um estado calórico. Então produz-se nesse momento, portanto, uma imagem falsa, o que quer dizer aqui desacertada.{{hidden|<sup>56</sup>}} | ||
Que estreiteza da vida mental da parte de Frazer! E que | Que estreiteza da vida mental da parte de Frazer! E que impossibilidade de conceber uma outra vida diferente da inglesa do seu tempo! | ||
Frazer não consegue pensar em nenhum sacerdote que não seja, fundamentalmente, um pároco inglês do nosso tempo, com toda a sua estupidez e debilidade.{{hidden|<sup>57</sup>}} | |||
Frazer não consegue pensar em nenhum sacerdote que não seja, | |||
fundamentalmente, um pároco inglês do nosso tempo, com toda a sua estupidez e debilidade.{{hidden|<sup>57</sup>}} | |||
Por que não deveria a pessoa poder ter o seu nome como sagrado? Por um lado, este é o instrumento mais importante que lhe é dado; por outro lado, é como uma jóia que lhe é pendurada quando nasce. | Por que não deveria a pessoa poder ter o seu nome como sagrado? Por um lado, este é o instrumento mais importante que lhe é dado; por outro lado, é como uma jóia que lhe é pendurada quando nasce. | ||
Quão enganosas são as explicações de Frazer, vê-se – creio eu –, em que se poderia muito bem inventar os próprios costumes primitivos, e teria que ser uma coincidência se eles não fossem realmente encontrados em algum lugar. Quer dizer, o princípio segundo o qual esses costumes são ordenados é muito mais geral do que na explicação de Frazer, e está na nossa própria mente, de modo que podemos por nós mesmos conceber todas as possibilidades.{{hidden|<sup>58</sup>}} – Que talvez o rei de uma tribo seja preservado da visão de todos, podemos muito bem conceber, mas também que todo | Quão enganosas são as explicações de Frazer, vê-se – creio eu –, em que se poderia muito bem inventar os próprios costumes primitivos, e teria que ser uma coincidência se eles não fossem realmente encontrados em algum lugar. Quer dizer, o princípio segundo o qual esses costumes são ordenados é muito mais geral do que na explicação de Frazer, e está na nossa própria mente, de modo que podemos por nós mesmos conceber todas as possibilidades.{{hidden|<sup>58</sup>}} – Que talvez o rei de uma tribo seja preservado da visão de todos, podemos muito bem conceber, mas também que todo {{MS reference|(TS 211, p. 317)}} homem da tribo deva vê-lo. Este último poderia vir a ocorrer certamente não para qualquer um de modo mais ou menos casual, mas ele seria ''mostrado'' ao povo. Talvez não fosse permitido a ninguém tocar nele, talvez, no entanto, todos ''tivessem'' que tocá-lo. Pensemos que, depois da morte de Schubert, seu irmão cortou as suas partituras em pequenos pedaços, e deu aos seus discípulos preferidos alguns compassos desses pedaços. Este ato, como sinal de devoção, nos é compreensível ''do mesmo modo'' que o outro, as partituras intocadas, ninguém tendo acesso, preservadas. E se o irmão de Schubert as tivesse queimado, isso também seria compreensível como sinal de devoção.{{hidden|<sup>59</sup>}} | ||
O cerimonial (quente ou frio), ao contrário do {{udashed|casual}} (morno), caracteriza a devoção. | |||
O cerimonial (quente ou frio), ao contrário do casual (morno), caracteriza a devoção. | |||
Sim, as explicações de Frazer não seriam em absoluto nenhuma explicação se elas não apelassem em último termo para alguma inclinação em nós mesmos.{{hidden|<sup>60</sup>}} | Sim, as explicações de Frazer não seriam em absoluto nenhuma explicação se elas não apelassem em último termo para alguma inclinação em nós mesmos.{{hidden|<sup>60</sup>}} | ||
O comer e o beber estão ligados ao perigo{{hidden|<sup>61</sup>}} não só para os selvagens, mas também para nós; nada mais natural que querer proteger- se dele; pois nós podemos conceber por nós mesmos essas medidas de segurança. – Mas segundo qual princípio nós as imaginamos// segundo qual princípio nós as inventamos //? Evidentemente de acordo com uma forma, depois que todos os perigos tiverem sido reduzidos a alguns muito simples, e que seja visível sem esforço pelas pessoas. Portanto, segundo o mesmo princípio pelo qual as pessoas incultas nos dizem que a doença passa da cabeça para o peito etc., etc. Nessas imagens simples a personificação, naturalmente, joga um grande papel, porquanto nos é // de todos // conhecido que os homens (portanto, espíritos) podem se tornar perigosos para os homens.{{hidden|<sup>62 | O comer e o beber estão ligados ao perigo{{hidden|<sup>61</sup>}} não só para os selvagens, mas também para nós; nada mais natural que querer proteger-se {{udashed|dele}}; pois nós podemos conceber por nós mesmos essas medidas de segurança. – Mas segundo qual princípio nós as imaginamos// segundo qual princípio nós as inventamos //? Evidentemente de acordo com uma forma, depois que todos os perigos tiverem sido reduzidos a alguns muito simples, e que seja visível sem esforço pelas pessoas. Portanto, segundo o mesmo princípio pelo qual as pessoas incultas nos dizem que a doença passa da cabeça para o peito etc., etc. Nessas imagens simples a personificação, naturalmente, joga um grande papel, porquanto nos é // de todos // conhecido que os homens (portanto, espíritos) podem se tornar perigosos para os homens.{{hidden|<sup>62</sup>}} | ||
Que a sombra de uma pessoa, que vemos como uma pessoa, ou a sua imagem no espelho, que chuva, trovoada, as fases da lua, a mudança das estações, a semelhança e a diferença dos animais entre si e com as pessoas, as manifestações da morte, o nascimento e a vida sexual, {{MS reference|(TS 211, p. 318)}} em suma, tudo que as pessoas todos os anos percebem ao redor de si, e ligam de múltiplas maneiras entre si, é compreensível que se apresentem //joguem um papel// no seu pensamento (na sua filosofia) e nos seus costumes, ou é de fato isto o que nós realmente sabemos e é interessante.{{hidden|<sup>63</sup>}} | |||
Como poderia o fogo ou a semelhança do fogo com o sol deixar de causar uma impressão no espírito desperto do homem? Mas não talvez ―porque ele não consegue explicar‖ (a tola superstição do nosso tempo) – Pois isso seria menos impressionante por meio de uma ―explicação‖? –{{hidden|<sup>64</sup>}} | Como poderia o fogo ou a semelhança do fogo com o sol deixar de causar uma impressão no espírito desperto do homem? Mas não talvez ―porque ele não consegue explicar‖ (a tola superstição do nosso tempo) – Pois isso seria menos impressionante por meio de uma ―explicação‖? –{{hidden|<sup>64</sup>}} | ||
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Pela cura mágica de uma doença dá-se-lhe a ''entender'' que deveria sair do paciente. | Pela cura mágica de uma doença dá-se-lhe a ''entender'' que deveria sair do paciente. | ||
Na descrição de uma cura mágica, quer-se sempre dizer: se a | Na descrição de uma cura mágica, quer-se sempre dizer: se a doença não entende ''isso'', então eu não sei ''como'' se dever dizer algo para ela.{{hidden|<sup>66</sup>}} | ||
doença não entende ''isso'', então eu não sei ''como'' se dever dizer algo para ela.{{hidden|<sup>66</sup>}} | |||
Nada é tão difícil como justiça diante dos fatos.{{hidden|<sup>67</sup>}} | Nada é tão difícil como justiça diante dos fatos.{{hidden|<sup>67</sup>}} | ||
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Eu não quero dizer que o ''fogo'' tenha que causar diretamente alguma impressão a todos. O fogo não mais, como qualquer outro fenômeno, e um fenômeno para uma pessoa e outro para outra. Pois, nenhum fenômeno é por si especialmente misterioso, mas todos podem vir a sê-lo para nós, e este é precisamente o característico no despertar do espírito do homem, que para ele um fenômeno venha a ter um significado. Poder-se-ia quase dizer que "o homem é um animal cerimonial."{{hidden|<sup>68</sup>}} Isto é talvez em parte falso, em parte absurdo, mas aqui também há algo de correto.{{hidden|<sup>69</sup>}} | Eu não quero dizer que o ''fogo'' tenha que causar diretamente alguma impressão a todos. O fogo não mais, como qualquer outro fenômeno, e um fenômeno para uma pessoa e outro para outra. Pois, nenhum fenômeno é por si especialmente misterioso, mas todos podem vir a sê-lo para nós, e este é precisamente o característico no despertar do espírito do homem, que para ele um fenômeno venha a ter um significado. Poder-se-ia quase dizer que "o homem é um animal cerimonial."{{hidden|<sup>68</sup>}} Isto é talvez em parte falso, em parte absurdo, mas aqui também há algo de correto.{{hidden|<sup>69</sup>}} | ||
Isto é, poder-se-ia começar um livro sobre antropologia assim: quando se considera a vida e a conduta do homem sobre a terra, é possível ver que, além do que se pode denominar atividades animais, a alimentação etc., etc., etc., há também realizações que carregam um caráter | Isto é, poder-se-ia começar um livro sobre antropologia assim: quando se considera a vida e a conduta do homem sobre a terra, é possível ver que, além do que se pode denominar atividades animais, a alimentação etc., etc., etc., há também realizações que carregam um caráter {{MS reference|(TS 211, p. 319)}} totalmente outro //específico// e que se poderiam denominar ações rituais.{{hidden|<sup>70</sup>}} | ||
{{MS reference|(TS 211, p. 319)}} | |||
É, no entanto, absurdo que se diga, para continuar, que o característico ''dessa''s ações seria que elas se originam de concepções errôneas sobre a física das coisas. (Assim faz Frazer quando diz que a magia é essencialmente uma física falsa, ou uma medicina//terapêutica//, uma técnica falsa etc.){{hidden|<sup>71</sup>}} | É, no entanto, absurdo que se diga, para continuar, que o característico ''dessa''s ações seria que elas se originam de concepções errôneas sobre a física das coisas. (Assim faz Frazer quando diz que a magia é essencialmente uma física falsa, ou uma medicina//terapêutica//, uma técnica falsa etc.){{hidden|<sup>71</sup>}} | ||
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Nós temos que arar toda a extensão da linguagem.{{hidden|<sup>75</sup>}} | Nós temos que arar toda a extensão da linguagem.{{hidden|<sup>75</sup>}} | ||
Frazer: ―... That these observances are dictated by fear of the ghost of the slain seems certain; ...‖ (―...Que essas observâncias sejam ditadas pelo medo do fantasma do assassinado, parece certo;...‖){{hidden|<sup>76</sup>}} Mas então por que usa Frazer a palavra ―ghost‖ (fantasma)? Ele compreende, portanto, muito bem esta superstição, já que ele nos explica o que ela é com uma palavra supersticiosa e familiar para ele. Ou antes, ele teria que poder ver que também fala em nós algo em favor do modo de agir dos selvagens. – Quando eu, que não creio que haja em qualquer parte seres humanos sobre-humanos que possam ser chamados de deuses – quando digo: ―temo a vingança dos deuses‖, isso mostra que eu (posso) quero dizer algo com isso, ou posso dar expressão a um sentimento, que não está necessariamente | Frazer: ―... That these observances are dictated by fear of the ghost of the slain seems certain; ...‖ (―...Que essas observâncias sejam ditadas pelo medo do fantasma do assassinado, parece certo;...‖){{hidden|<sup>76</sup>}} Mas então por que usa Frazer a palavra ―ghost‖ (fantasma)? Ele compreende, portanto, muito bem esta superstição, já que ele nos explica o que ela é com uma palavra supersticiosa e familiar para ele. Ou antes, ele teria que poder ver que também fala em nós algo em favor do modo de agir dos selvagens. – Quando eu, que não creio que haja em qualquer parte seres humanos sobre-humanos que possam ser chamados de deuses – quando digo: ―temo a vingança dos deuses‖, isso mostra que eu (posso) quero dizer algo com isso, ou posso dar expressão a um sentimento, que não está necessariamente {{MS reference|(TS 211, p. 320)}} ligado àquela crença.{{hidden|<sup>77</sup>}} | ||
{{MS reference|(TS 211, p. 320)}} | |||
ligado àquela crença.{{hidden|<sup>77</sup>}} | |||
Frazer seria capaz de acreditar que um selvagem morre por equívoco. Nos livros de leitura da escola primária consta que Átila empreendeu sua grande expedição militar porque acreditava que possuía a espada do deus do trovão. | Frazer seria capaz de acreditar que um selvagem morre por equívoco. Nos livros de leitura da escola primária consta que Átila empreendeu sua grande expedição militar porque acreditava que possuía a espada do deus do trovão. | ||
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Identificação dos próprios deuses com os deuses de outros povos. Nos convencemos de que os nomes têm o mesmo significado.{{hidden|<sup>81</sup>}} | Identificação dos próprios deuses com os deuses de outros povos. Nos convencemos de que os nomes têm o mesmo significado.{{hidden|<sup>81</sup>}} | ||
―E assim o coro aponta para uma lei secreta‖,{{hidden|<sup>82</sup>}} poder-se-ia dizer da coletânea de fatos frazereana. Esta lei, esta ideia, eu ''posso'' exprimir // apresentar// mediante uma hipótese evolutiva, ou também, em analogia com o esquema de uma planta, pelo esquema de uma cerimônia religiosa, ou tão só pelo agrupamento dos materiais factuais somente, numa apresentação ―''panorâmica''‖.{{hidden|<sup>83</sup>}} | ―E assim o coro aponta para uma lei secreta‖,{{hidden|<sup>82</sup>}} poder-se-ia dizer da coletânea de fatos frazereana. Esta lei, esta ideia, eu ''posso'' exprimir // apresentar// mediante uma hipótese evolutiva, ou também, em analogia com o esquema de uma planta, pelo esquema de uma cerimônia religiosa, ou tão só pelo agrupamento dos materiais factuais somente, numa apresentação ―''panorâmica''‖.{{hidden|<sup>83</sup>}} {{MS reference|(TS 211, p. 321)}} | ||
{{MS reference|(TS 211, p. 321)}} | |||
O conceito de apresentação panorâmica{{hidden|<sup>84</sup>}} tem para nós{{hidden|<sup>85</sup>}} a mais fundamental importância. Ele marca a nossa forma de apresentação, a maneira como {{MS reference|(TS 211, p. 281)}} nós vemos as coisas. (Uma espécie de ―visão de mundo‖ tal como é aparentemente típica do nosso tempo.{{hidden|<sup>86</sup>}} Spengler{{hidden|<sup>87</sup>}}) | |||
{{MS reference|(TS 211, p. 282)}} | Esta apresentação panorâmica proporciona o compreender // a compreensão //,{{hidden|<sup>88</sup>}} que consiste precisamente em ―ver as concatenações‖. Daí a importância do encontrar{{hidden|<sup>89</sup>}} os ''elos intermediários''.{{hidden|<sup>90</sup>}} {{MS reference|(TS 211, p. 282)}} | ||
Um elo intermediário hipotético, entretanto, nada deve fazer nesse caso senão dirigir a atenção para a semelhança, para a concatenação, entre os ''fatos''. Como se uma pessoa, quisesse ilustrar // ilustrasse // uma relação interna da forma circular com a elipse, transformasse gradualmente uma elipse num círculo; ''mas não para afirmar que uma certa elipse factualmente, historicamente, teria se originado de um círculo'' (hipótese evolutiva), senão somente para aguçar nosso olho para uma concatenação formal.{{hidden|<sup>91</sup>}} | Um elo intermediário hipotético, entretanto, nada deve fazer nesse caso senão dirigir a atenção para a semelhança, para a concatenação, entre os ''fatos''. Como se uma pessoa, {{udashed|quisesse}} ilustrar // ilustrasse // uma relação interna da forma circular com a elipse, transformasse gradualmente uma elipse num círculo; ''mas não para afirmar que uma certa elipse factualmente, historicamente, teria se originado de um círculo'' (hipótese evolutiva), senão somente para aguçar nosso olho para uma concatenação formal.{{hidden|<sup>91</sup>}} | ||
Mas eu posso ver também a hipótese evolutiva{{hidden|<sup>92</sup>}} como um Nada além, como{{hidden|<sup>93</sup>}} a «uma» vestimenta de uma concatenação formal. | Mas eu posso ver também a hipótese evolutiva{{hidden|<sup>92</sup>}} como um Nada além, como{{hidden|<sup>93</sup>}} a «uma» vestimenta de uma concatenação formal. {{MS reference|(TS 211, p. 322)}} | ||
Gostaria de dizer: nada mostra melhor nosso parentesco com aqueles selvagens do que Frazer ter à mão uma palavra tão familiar para ele e para nós como ―ghost‖ (fantasma)ou ―shade‖ (sombra), para descrever a maneira de ver daquela gente.{{hidden|<sup>94</sup>}} {{MS reference|(TS 211, p. 250)}} | |||
Gostaria de dizer: nada mostra melhor nosso parentesco com aqueles selvagens do que Frazer ter à mão uma palavra tão familiar para ele e para nós como ―ghost‖ (fantasma)ou ―shade‖ (sombra), para descrever a maneira de ver daquela gente.{{hidden|<sup>94</sup>}} | |||
{{MS reference|(TS 211, p. 250)}} | |||
(Claro que seria outra coisa se ele talvez descrevesse que os selvagens imaginavam // imaginam // que a sua cabeça cairia no chão se eles matassem um inimigo a pancadas. Aqui a ''nossa descrição'' não teria em si nada de supersticioso ou mágico.){{hidden|<sup>95</sup>}} | (Claro que seria outra coisa se ele talvez descrevesse que os selvagens imaginavam // imaginam // que a sua cabeça cairia no chão se eles matassem um inimigo a pancadas. Aqui a ''nossa descrição'' não teria em si nada de supersticioso ou mágico.){{hidden|<sup>95</sup>}} | ||
Na realidade, essa estranheza não se refere só às expressões ―ghost‖ (fantasma) e ―shade‖ (sombra), e muito pouca atenção se dá ao fato de que contabilizamos a palavra ―alma‖, ―espírito‖ (―spirit‖), no nosso próprio vocabulário culto. Comparado a isto, é uma ninharia o fato de que não acreditamos que nossa alma coma e beba.{{hidden|<sup>96</sup>}} | Na realidade, essa estranheza não se refere só às expressões ―ghost‖ (fantasma) e ―shade‖ (sombra), e muito pouca atenção se dá ao fato de que contabilizamos a palavra ―alma‖, ―espírito‖ (―spirit‖), no nosso próprio vocabulário culto. {{udashed|Comparado a isto}}, é uma {{udashed|ninharia}} o fato de que não acreditamos que nossa alma coma e beba.{{hidden|<sup>96</sup>}} | ||
Na nossa linguagem está assentada toda uma mitologia.{{hidden|<sup>97</sup>}} | Na nossa linguagem está assentada toda uma mitologia.{{hidden|<sup>97</sup>}} | ||
Exorcismo da morte ou assassinato da morte;{{hidden|<sup>98</sup>}} mas, por outro lado, ela foi representada como um esqueleto, como algo morto em certo sentido. ―As dead as death.‖ ‗Nada é tão morto como a morte; nada é tão belo quanto a própria beleza.‘ A imagem sob a qual se pensa aqui a realidade é a de que a beleza, a morte etc. é a substância pura (concentrada) «são as substâncias puras (concentradas)», ao passo que ela«s» existe«m» como mistura em um objeto belo.{{hidden|<sup>99</sup>}} – Não reconheço aqui minhas próprias observações sobre ‗objeto‘ e ‗complexo‘?{{hidden|<sup>100</sup>}} | Exorcismo da morte ou assassinato da morte;{{hidden|<sup>98</sup>}} mas, por outro lado, ela foi representada como um esqueleto, como algo morto em certo sentido. ―As dead as death.‖ ‗Nada é tão morto como a morte; nada é tão belo quanto a própria beleza.‘ A imagem sob a qual se pensa aqui a realidade é a de que a beleza, a morte etc. é a substância pura (concentrada) «são as substâncias puras (concentradas)», ao passo que ela«s» existe«m» como mistura em um objeto belo.{{hidden|<sup>99</sup>}} – Não reconheço aqui minhas próprias observações sobre ‗objeto‘ e ‗complexo‘?{{hidden|<sup>100</sup>}} {{MS reference|(TS 211, p. 251)}} | ||
{{MS reference|(TS 211, p. 251)}} | |||
Nos antigos ritos temos o uso de uma linguagem de gestos extremamente cultivada.{{hidden|<sup>101</sup>}} | Nos antigos ritos temos o uso de uma linguagem de gestos extremamente cultivada.{{hidden|<sup>101</sup>}} | ||
Quando leio Frazer gostaria de dizer a cada passo: todos esses processos, essas transformações do significado, nós temos ainda diante de nós na nossa linguagem verbal. Quando o que se dissimula no último feixe, no que é chamado de ‗lobo do grão‘, mas também o próprio feixe e o homem que o ata,{{hidden|<sup>102</sup>}} reconhecemos aqui um processo da linguagem bem familiar.{{hidden|<sup>103</sup>}} | Quando leio Frazer gostaria de dizer a cada passo: todos esses processos, essas transformações do significado, nós temos ainda diante de nós na nossa linguagem verbal. Quando o que se dissimula no último feixe, no que é chamado de ‗lobo do grão‘, mas também o próprio feixe e o homem que o ata,{{hidden|<sup>102</sup>}} reconhecemos aqui um processo da linguagem bem familiar.{{hidden|<sup>103</sup>}} {{MS reference|(TS 211, p. 281)}} | ||
Eu poderia imaginar que teria tido a alternativa de escolher um ser da terra como moradia para a minha alma, e que meu espírito tivesse escolhido essa criatura pouco vistosa ({{udashed|não-atraente}}) como seu assento e ponto de vista. Talvez porque para ele {{MS reference|(MS 110 p. 253)}} a escolha de um belo assento seria repugnante. Para isso, na realidade, o espírito teria que estar muito seguro de si.{{hidden|<sup>104</sup>}} | |||
Eu poderia imaginar que teria tido a alternativa de escolher um ser da terra como moradia para a minha alma, e que meu espírito tivesse escolhido essa criatura pouco vistosa (não-atraente) como seu assento e ponto de vista. Talvez porque para ele | |||
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a escolha de um belo assento seria repugnante. Para isso, na realidade, o espírito teria que estar muito seguro de si.{{hidden|<sup>104</sup>}} | |||
Poder-se-ia dizer que ―toda vista tem a sua sedução‖, mas isso seria falso. O correto é dizer que toda a vista é significativa para aquele que a vê como significativa (o que não quer dizer que ele a veja como diferente do que é). E neste sentido, toda vista é igualmente significativa.{{hidden|<sup>105</sup>}} | Poder-se-ia dizer que ―toda vista tem a sua sedução‖, mas isso seria falso. O correto é dizer que toda a vista é significativa para aquele que a vê como significativa (o que não quer dizer que ele a veja como diferente do que é). E neste sentido, toda vista é igualmente significativa.{{hidden|<sup>105</sup>}} | ||
Na verdade, é importante que eu também tenha que «i me» apropriar do desprezo dos outros por mim, como uma parte essencial e significativa do mundo vista do meu lugar.{{hidden|<sup>106</sup>}} | Na verdade, é importante que eu também tenha que «i me» apropriar do desprezo dos outros por mim, como uma parte essencial e significativa do mundo vista do meu lugar.{{hidden|<sup>106</sup>}} {{MS reference|(MS 110, p. 254)}} | ||
{{MS reference|(MS 110, p. 254 | |||
Se uma pessoa tivesse nascido «i se» «deixado nascer» livremente numa árvore de uma floresta: então haveria aqueles que selecionariam a árvore mais bela ou a mais alta, aqueles que escolheriam a mais baixa e aqueles que escolheriam uma árvore média ou menor que uma média; e entendo que eles o fariam não por filistinismo, mas pela razão, ou pelo tipo de razão, pelo qual o outro escolheu a mais alta. Que o sentimento que temos pela nossa vida seja comparável ao da pessoa que pôde escolher o seu ponto de vista no mundo, está na base, creio, do mito – ou da crença – de que escolhemos o nosso corpo antes do nascimento.{{hidden|<sup>107</sup>}} {{MS reference|(MS 110, p. 255)}} | |||
Acredito que o característico do homem primitivo é que ele nunca age por causa de ''opiniões''{{hidden|<sup>108</sup>}} (contra Frazer). Leio, entre muitos exemplos semelhantes, sobre um Rei da Chuva, na África, a quem o povo roga por chuva ''quando chega o período das chuvas''.{{hidden|<sup>109</sup>}} Isso não significa, porém, que eles queiram propriamente dizer que ele possa fazer chover, se não eles o fariam no período mais seco do ano, em que a terra é ―a parched and arid desert‖ (um queimado e árido deserto). Pois ao se admitir que o povo, certa vez, por estupidez, criou este encargo para o Rei da Chuva, nesse caso fica certamente claro que eles já tinham antes a experiência de que a chuva começa em março, e então teriam{{hidden|<sup>110</sup>}} posto o Rei da Chuva para funcionar na parte restante do ano. Ou então: pela manhã, quando o sol estiver por nascer, os homens celebram{{hidden|<sup>111</sup>}} o rito da alvorada, mas não à noite, quando simplesmente acendem as lâmpadas.{{hidden|<sup>112</sup>}} | Acredito que o característico do homem primitivo é que ele nunca age por causa de ''opiniões''{{hidden|<sup>108</sup>}} (contra Frazer). Leio, entre muitos exemplos semelhantes, sobre um Rei da Chuva, na África, a quem o povo roga por chuva ''quando chega o período das chuvas''.{{hidden|<sup>109</sup>}} Isso não significa, porém, que eles queiram propriamente dizer que ele possa fazer chover, se não eles o fariam no período mais seco do ano, em que a terra é ―a parched and arid desert‖ (um queimado e árido deserto). Pois ao se admitir que o povo, certa vez, por estupidez, criou este encargo para o Rei da Chuva, nesse caso fica certamente claro que eles já tinham antes a experiência de que a chuva começa em março, e então teriam{{hidden|<sup>110</sup>}} posto o Rei da Chuva para funcionar na parte restante do ano. Ou então: pela manhã, quando o sol estiver por nascer, os homens celebram{{hidden|<sup>111</sup>}} o rito da alvorada, mas não à noite, quando simplesmente acendem as lâmpadas.{{hidden|<sup>112</sup>}} | ||
[Quando estou furioso com algo, bato às vezes minha bengala na terra ou contra uma árvore etc. Mas não acredito que a terra seja culpada ou que a bengala possa ajudar em algo. ―Descarrego minha fúria‖. E todos os ritos são desse tipo. Essas ações podem ser denominadas como ações | [Quando estou furioso com algo, bato às vezes minha bengala na terra ou contra uma árvore etc. Mas não acredito que a terra seja culpada ou que a bengala possa ajudar em algo. ―Descarrego minha fúria‖. E todos os ritos são desse tipo. Essas ações podem ser denominadas como ações {{MS reference|(MS 110, p. 297)}} instintivas. – E uma explicação histórica do que talvez eu ou os meus antepassados acreditaram antes, de que bater na terra ajudava em algo, são fantasmagorias, são hipóteses supérfluas que ''nada'' explicam.{{hidden|<sup>113</sup>}} O importante é a semelhança do ato com o meu ato de castigar; porém, mais do que essa semelhança, nada se pode constatar.{{hidden|<sup>114</sup>}} | ||
{{MS reference|(MS 110, p. 297)}} | |||
instintivas. – E uma explicação histórica do que talvez eu ou os meus antepassados acreditaram antes, de que bater na terra ajudava em algo, são fantasmagorias, são hipóteses supérfluas que ''nada'' explicam.{{hidden|<sup>113</sup>}} O importante é a semelhança do ato com o meu ato de castigar; porém, mais do que essa semelhança, nada se pode constatar.{{hidden|<sup>114</sup>}} | |||
Uma vez que esse fenômeno é colocado em ligação com um instinto que eu mesmo possuo, então é precisamente esta a explicação desejada | Uma vez que esse fenômeno é colocado em ligação com um instinto que eu mesmo possuo, então é precisamente esta a explicação {{udashed|desejada}} «{{udahsed|almejada}}»; isto é, aquela que resolve o puzzlement (perplexidade) particular «esta {{udashed|dificuldade}} particular». E uma reflexão «pesquisa posterior» sobre a história do meu instinto move-se em outros trilhos.{{hidden|<sup>115</sup>}} | ||
{{leftaside|ø\}} Não pode haver o menor fundamento, isto é, absolutamente nenhum ''fundamento'' para que certas raças humanas venerem o carvalho,{{hidden|<sup>116</sup>}} senão somente a de que eles e o carvalho estivessem unidos em uma comunidade de vida «simbiose»; portanto, não por opção mas porque «i uniram-se na sua origem», como a pulga e o cão. (Se as pulgas desenvolvessem um rito, ele estaria relacionado ao cão.) {surgiram juntos} | {{leftaside|ø\}} Não pode haver o menor fundamento, isto é, absolutamente nenhum ''fundamento'' para que certas raças humanas venerem o carvalho,{{hidden|<sup>116</sup>}} senão somente a de que eles e o carvalho estivessem unidos em uma comunidade de vida «simbiose»; portanto, não por opção mas porque «i uniram-se na sua origem», como a pulga e o cão. (Se as pulgas desenvolvessem um rito, ele estaria relacionado ao cão.) {surgiram juntos} |